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Saúde Estudo

Estudo genético do embrião não invasivo traz avanços para a reprodução assistida

Estudo genético do embrião não invasivo traz avanços para a reprodução assistida

10/11/2020 20h39 Atualizada há 3 anos
Por: Reginaldo Junior
Estudo genético do embrião não invasivo traz avanços para a reprodução assistida

Engravidar e ter um bebê saudável é o desejo de toda paciente que recorre aos serviços de reprodução assistida para ter filhos. Um dos desafios da medicina reprodutiva é tratar mulheres que querem ser mães em idade cada dia mais avançada, uma vez que a fertilidade feminina declina com a idade e o risco de alterações genéticas no bebê aumenta. A possibilidade de avaliar a saúde cromossômica do embrião de forma não invasiva através do teste niPGT é um dos mais recentes avanços da área. Para validar a técnica, o Cenafert participou de um estudo prospectivo multicêntrico realizado por dez centros de reprodução assistida de referência no país. O estudo conquistou o primeiro lugar dentre os trabalhos científicos apresentados, em outubro, durante o XXIV Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, realizado virtualmente.

O trabalho avaliou 94 casais com indicação para o niPGT-A por aumento da idade materna, fator masculino, falhas repetidas de implantação e aborto recorrente. O estudo, publicado na JBRA Assisted Reproduction, avaliou a relação entre alterações cromossômicas embrionárias e o aumento de idade da paciente através da realização do teste niPGT-A. “A técnica se mostrou segura e eficaz e representa um avanço promissor, pois possibilita que os embriões sejam avaliados no seu próprio meio de cultivo, de forma não invasiva, sem biópsia, sem necessidade da retirada de células embrionárias e sem possibilidade de danos ao embrião”, explica o médico Joaquim Lopes, especialista em Reprodução Humana e diretor do Cenafert.

A saúde embrionária é uma das principais causas de falhas na implantação e abortamentos. O estudo genético embrionário permite avaliar a saúde cromossômica dos embriões para que só os saudáveis sejam selecionados para implantação no útero, prevenindo doenças genéticas hereditárias como a Síndrome de Down, dentre várias outras. O estudo é especialmente indicado para mulheres com idade avançada, histórico de abortamento, falhas repetidas na implantação e quando o pai ou a mãe têm histórico familiar de doenças genéticas.

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